O SENTIDO DAS AÇÕES CRIATIVAS NO ENSINO DE HISTÓRIA
Autora: Maria de Fátima M. Mariani
RESUMO
A criatividade no enfoque educacional aparece ocupando o primeiro lugar na produção científica, igualando-se com as pesquisas de enfoque clínico psicanalítico, que predominam nas publicações periódicas acerca do tema. As pesquisas estão direcionadas a alunos de ensino fundamental, professores, alunos e profissionais do ensino superior. No ensino de história, a natureza da disciplina favorece as possibilidades criativas nas relações pedagógicas. Nas últimas décadas, as metodologias incorporaram novos objetos e abordagens, focalizando aspectos culturais e do cotidiano. Com isso, tem sido frequente o uso de novas linguagens na tentativa de tornar as aulas de história mais prazerosas e interessantes para os alunos. Nesta pesquisa buscamos analisar a forma como o professor de História configura percepções, emoções, gostos, hábitos, experiências e saberes, ao expressar maneiras de tornar suas aulas mais atrativas, e o impacto desse processo nas relações com o aluno. Escolhemos como ponto de ancoragem a linha de análise de González Rey, acerca das configurações criativas. O sujeito de pesquisa foi um professor de história, de uma escola de ensino fundamental da rede pública de Brasília-DF. A metodologia se baseou nos princípios da epistemologia qualitativa. A produção do material empírico se deu por meio da conversação e do completamento de frases. Na análise de conteúdo procuramos desenvolver modelos teóricos, processando nossas próprias concepções na interpretação das informações. Procuramos enfatizar as configurações subjetivas que participam das relações pedagógicas, tendo o ambiente escolar como espaço de subjetivação que pode gerar possibilidades criativas. Para nossa atuação como psicólogo escolar, a pesquisa aponta para a necessidade de estarmos sensibilizados às pistas geradas nas relações pedagógicas. Quando as