O segundo Plano Nacional de Desenvolvimento

O II Plano Nacional de Desenvolvimento

As principais pressões e mudanças políticas, no sentido da redemocratização, ocorreram no período de 1974-84. No plano econômico, este período marca o auge e o esgotamento do modelo de substituição de importações. No governo Geisel, a implementação do II Plano Nacional de Desenvolvimento completou o processo de substituição de importações no Brasil.
O contexto de 1974-84 marca uma fase de acomodação dos novos preços do petróleo. Pois após o primeiro choque a economia mundial foi afetada por uma série de outras mudanças importantes. No Brasil, a balança comercial passou de um equilíbrio em 1973 para um déficit em 1974, já a taxa de crescimento do PIB se reduziu de 14% para 8,2% nesse mesmo período. Em meados de 1979, um segundo choque dos preços do petróleo interrompeu de forma permanente o fluxo de capitais dos países industrializados para os em desenvolvimento. Esse conjunto de choques atingiu gravemente os países importadores de petróleo, em especial o Brasil (visto que era um país endividado).
Em março de 1974 o general Ernesto Geisel assumiu o governo brasileiro. O presidente Geisel foi forçado a tomar um plano de ajuste externo, visto que o quadro brasileiro apresentava uma dependência estrutural e restrição externa. Três estratégias foram tomadas: 1) atrelar o crescimento do PIB às condições gerais do mercado internacional; 2) promover o ajuste externo através de mudanças de preços relativos; 3) buscar a superação da dependência externa. Esta última se define como estratégia de ajuste estrutural e as duas primeiras caracterizam um modelo de ajuste conjuntural e potencialmente recessivo.
Em relação ao balanço de pagamentos observa-se que de 1968 a 1973 o Brasil operava com superávit, entretanto em 1974 o quadro se reverteu e o país enfrentou uma situação de déficit. Para chegar a um equilíbrio interno-externo o presidente Geisel optou pelo deslocamento da curva BP para a direita. Isto foi possível via políticas