O santo e a porca
Relata o casamento da filha de um avarento, sendo que o "santo" do título é Santo Antônio e a "porca" é um cofrinho, símbolo do acúmulo de dinheiro e tão protetor quanto o santo (Deus).
A peça serviu de base para uma das tramas da microssérie e o filme O Auto da Compadecida também de Ariano Suassuna.[1]
Em 2000 a peça foi adaptada para o especial Brava Gente da Rede Globo.[2]
A obra não é uma produção original do autor. O próprio Suassuna afirmou que ele fizera uma adaptação da peça Aululária escrita por Plauto, um escritor latino que viveu antes de cristo. Mas devido sua belíssima releitura, contextualizada à realidade nordestina e com uma trama mais complicada, o texto é considerado uma peça original e suprema.
Resumo
A fábula narra a história de um velho avarento devoto de Santo Antônio, conhecido como Euricão Árabe, que esconde em sua casa uma porca lotada de dinheiro.
Os fatos acontecem na sala da casa de Eurico onde há uma estátua de Santo Antônio ao lado de uma antiga porca de madeira recheada de dinheiro, mas cujo conteúdo ninguém conhece ou desconfia, pois Eurico sempre se fazia de pobre e coitado.
Em sua casa vivia sua filha Margarida, sua irmã Benona, a empregada Caroba e, há algum tempo, Dodó, filho do rico fazendeiro Eudoro, que se fingira de coitado para ficar próxima a sua amada Margarida, a quem namorava as escondidas.
Toda a confusão inicia-se com uma carta enviada a Eurico por Eudoro, através de Pinhão, noivo de Caroba, dizendo que iria visitá-lo para pedir seu bem mais precioso.
Eurico fica apreensivo imaginando que Eudoro vem em busca de sua porca enquanto Caroba, percebendo que o fazendeiro viria pedir a mão de Margarida, engendra um plano para ganhar um dinheiro extra para se casar com Pinhão, para Margarida e Dodó se casarem e para Eudoro casar com Benona, pois, os dois foram noivos no passado.
Caroba convence