O Sagrado Rudolf Otto
Rudolf Otto em sua analise afirma que o sagrado é antes de mais nada , uma interpretação de avaliação do que existe no esfera exclusivamente religiosa. Sem duvida, esta categoria complexa passa por outros campos como da ética, mas não provem destes domínios paralelos. Em seus estudos Rudolf Otto busca o sentido primitivo da palavra sagrado, fora do que entendemos geralmente como um predicado de ordem ética, sinônimo absoluto moral e de perfeitamente bom. Temos hábito de usar a palavra “sagrado” dando um sentido completamente figurado e que não é seu sentido primitivo. O elemento do qual falamos e tentamos dar algum conhecimento, aparece como elemento vivo em todas religiões. Ele constitui a parte mais intima e, sem ele, a religião perderia suas características. A sua vitalidade manifesta-se sempre com vigor nas religiões semíticas e dentre elas, num grau superior, nas religiões bíblicas. Lá ele possui um nome que lhe é próprio: Qadoch, Hagios, Sanctus, ou Sacer, seguramente, nestas três línguas, essas palavras indicam a ideia de bem, bem absoluto, considerado em mais alto grau de desenvolvimento em sua maturidade. Nós traduzimos, então, por “sagrado” ou “santo”. Mas este sagrado ou santo é resultado final da esquematização gradual e da saturação ética de um sentimento original e especifico. Sem dúvida que na origem e desenvolvimento das expressões o significado não estava presente. E um ponto geralmente admitido hoje pelos exegetas. Rudolf Otto afirma que convém encontrar um nome para esse elemento, tomado isoladamente. Esse nome fixará o caráter particular e permitirá, eventualmente, as formas inferiores ou as frases de seu desenvolvimento. Usando a palavra “numinoso”. Segundo Otto se lúmen pode servir para formar luminoso, numem pode formar o numinoso. Otto fala da categoria numinosa como uma categoria especial de interpretação e de avaliação, um estado de alma que se manifesta quando esta