O Romantismo no Brasil
Contexto sócio- histórico
No início do século XIX, mais precisamente por volta de 1822, o Brasil foi cenário de grandes transformações políticas, sociais e culturas que contribuíram de maneira categórica para a concepção de uma legítima identidade pátria e, por conseguinte, de uma literatura com propriedades mais brasileiras.
A fuga da família real e da corte portuguesa para o Brasil em 1808 já denotava que aquele século seria de significativas reformas no arcabouço político, econômico, cultural e social do país. D. João VI é verdade era um soberano despreparado para reinar, seu irmão mais velho D. José morreu de varíola, sua mãe, D. Maria I, considerada louca e obrigada a deixar o trono, D. João foi obrigado a reinar. Com sua indecisão crônica, delegava funções a seus ministros; hesitou quanto pode em tomar uma decisão com relação a Napoleão: se aderisse ao Bloqueio Continental, desfaria a boa relação com a Inglaterra, além dos prejuízos políticos, corria o risco da esquadra britânica bombardear Lisboa, sede da corte. Se não acatasse as ordens de Bonaparte, as tropas deste marchariam – e marcharam – a Portugal para destronar a Casa de Bragança. Não vendo outra solução contra as forças napoleônicas, recorre ao auxílio da potência inglesa e lança-se rumo à colônia portuguesa mais rica e, portanto, de maior interesse, o Brasil. Não obstante façamos justiça ao nosso monarca, pois foi ele o verdadeiro mentor do Estado brasileiro, criando diversas instituições e serviços que deram base à autonomia nacional.
D. João VI abriu os portos brasileiros ao livre comércio com o mundo, possibilitando assim o fácil ingresso de novas inclinações culturais, prevalecentemente europeias. Ademais, estabeleceu escolas, museus, bibliotecas, instigou a tipografia, o que viabilizou a impressão de livros nas terras do novo mundo, uma vez que estes viam de Portugal, além da criação de jornais. O núcleo político-cultural-econômico passa a ser a