O retorno do territorio
O referido texto discute questões acerca da noção de território. Conceito que hoje é objeto de análise social. O espaço geográfico como sendo lugar de compreensão de funcionamento do mundo. E nesta perspectiva, Nilson Santos aponta que não basta falar de mundialização ou globalização sem que antes haja um processo de conhecimento do aspecto território como realidade total.
E sendo o território sinônimo de espaço humano, onde constituem-se categorias essenciais aos valores de múltiplas naturezas- sejam elas sociais, financeiras, culturais,entre outras - é de extrema relevância pensar no espaço banal em oposição à noção de rede.
Segundo Santos, o espaço banal é o espaço de todos, ao passo que as redes constituem uma parte do espaço e o especo de alguns. As redes são verticalidades, ou seja, formadas por pontos distantes uns dos outros ligados por todas as formas e processos sociais. Já o espaço banal, Santos classifica como horizontalidades, que são domínios de contiguidade, daqueles lugares vizinhos reunidos por uma comunidade territorial.
O autor coloca ainda que o território pode ser formado de lugares contíguos e de lugares de rede, sendo, todavia, os mesmos lugares que formam redes e que formam o espaço banal. Porém, contendo simultaneamente funcionalidades distintas. E esta simultaneidade é possível graças à ciência, à possibilidade de um acontecer solidário, apesar de todas as formas de diferença entre as pessoas.
O texto nos mostra que esse acontecer solidário apresenta-se sob três formas de território atual, são eles: o acontecer homólogo, aquele das áreas de produção agrícola ou urbano, que se modernizam a partir de informação especializada e levam os comportamentos a uma racionalidade presidida por uma mesma informação que cria semelhança de atividade. O acontecer complementar, aquele das relações entre cidade e campo e das relações entre cidades, consequência igualmente de necessidade modernas da produção e do intercâmbio