O resgate dos jogos tradicionais

O estudo surgiu da inquietação e observação de aulas de Educação Física monótonas. Notamos que os profissionais insistem em ministrar suas aulas usando apenas modalidades esportivas, e não conseguem se desvincular dos quatro esportes coletivos apelidados ironicamente pelos educadores como o famoso “quarteto fantástico” que é composto por futebol, handebol, basquetebol e vôlei, não desmerecendo esses esportes que também fazem parte das atividades propostas pelos PCNS. Porém, seria interessante inovar, trazendo para suas aulas novas possibilidades de ensino. Ainda de acordo com os PCNS existem conteúdos variados a serem utilizados nas aulas, como jogos, lutas, ginásticas e danças, muitos professores não atendem a essas orientações. Na analise desse quadro surge uma questão. De que forma poderemos apresentar uma proposta diferenciada aos profissionais da área de Educação Física? Apresentaremos essa proposta por intermédio de um campeonato que fará o resgate da cultura dos jogos tradicionais.
Os jogos tradicionais possibilitam as crianças o brincar vivenciando a cultura. Sabe-se que as brincadeiras são reflexos da vida adulta e as crianças são especialistas nessa arte. Através delas as crianças estabelecem vínculos sociais, aprendendo a conviver, interagir e aceitar os colegas cria e obedece a regras, ampliam os conhecimentos sobre si, sobre o mundo e sobre tudo que está ao seu redor, manipulam e exploram os objetos, comunica-se com outras está ao seu redor, manipulam e exploram os objetos, comunica-se com outras crianças e adultos, desenvolvem suas múltiplas linguagens, organizam seus pensamentos, tomam decisões. O campeonato, a princípio tem por objetivo estimular e promover a necessidade da prática de exercício físico, e trazer a recordação da cultura dos jogos tradicionais. Num âmbito mais abrangente objetiva-se apresentar aos profissionais da área de Educação Física os jogos tradicionais como uma alternativa diferenciada. Friedmann (1996) refere-se aos