O REDIMENSIONAMENTO DA PROFISSÃO: O MERCADO E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO
O Setor Publico tem sido o maior empregador de assistente social, sendo a administração direta a que mais emprega, especialmente nas esferas estaduais, seguida da municipal.
Os assistentes sociais, funcionários públicos vêm sofrendo os efeitos deletérios da Reforma do Estado no campo do emprego e da precarização de trabalho, tais como a redução dos concursos públicos, demissão dos funcionários não estáveis, contenção salarial, corrida à aposentadoria, falta de incentivo à carreira, tercerização acompanhada de contratação precária, temporária, com perda de direitos, etc.
A assistência social foi reconhecida pela Carta Contitucional de 1988 como política publica. A municipalização das políticas publicas vem reduzindo em uma ampliação do mercado profissional de trabalho. Abriram-se novos canais de ingerência da sociedade civil representando uma ampliação das possibilidades de trabalho profissional. Um dos mecanismos privilegiados foram os Conselhos de Saude, Assistencia Social e Previdencia Social, assim como os Conselhos Tutelares e Conselhos de Defesa de Direitos dos segmentos prioritários para a assistência social: Criança e Adolescente, Idoso e Deficiente.
Mas o salto de qualidade esta em que a participação da sociedade civil organizada, estimulada pela descentralização político-administrativa e pela municipalização, possa se traduzir em compatilhamento de poder, interferindo no processo decisivo nas esferas de formulação, gestão e avaliação de políticas e programas sociais, assim como no gerenciamento de projetos sociais.
Situa-se nesse campo uma das fontes de diversificação de demandas para o trabalho dos assistentes sociais. Ela expressa-se na implantação dos conselhos de políticas publicas e na capacitação de conselheiros; na elaboração de planos de assistência social, na organização e mobilização popular em experiências de orçamentos participativos; na assessoria e consultoria no