O que é economia cognitiva?
Economia Cognitiva é o título do livro de Thierry Gaudin, engenheiro de minas, politécnico e pesquisador do futuro da França, em que "considera que o essencial não é compreender as transformações da matéria realizadas pela indústria — isto é apenas um resultado —, mas as causas imateriais, que se exprimem principalmente pelos processos de reconhecimento que se encontram na sociedade".
A sua tese fundamenta-se na veiculação dos logiciels, tradução francesa de software (programas e aplicações de informática). De acordo com o autor, há vários logiciels na economia, isto é, oferta e demanda, custo e receita, produção e consumo etc., que podem ser resumidos em três: poder, mercado e inovação. Nesse mister, alerta-nos que quando o poder (monopólio das grandes empresas, inclusive o governo) domina o mercado, a inovação fica esquecida, prejudicando o desenvolvimento cognitivo da pessoa humana.
A análise dos saber-fazer é a pedra de toque da abordagem cognitiva. O saber-fazer está inserido nos comportamentos dos indivíduos e, no caso de uma catástrofe destruir os bens materiais, a sociedade é capaz der reconstruí-los. A especialização moderna, quando comparada à postura do saber-fazer, apresenta-se como um etnocídio, ou seja, a morte de uma cultura. Por que? Porque quando um país importa uma tecnologia estrangeira, ele fica dependente dessa técnica, além de alterar todas as relações internas de troca que havia até então.
Diante do esfacelamento da aplicação das teorias econômicas de 200 anos (máxima receita pelo mínimo custo), propõe uma nova maneira de construir os modelos econômicos, ou seja, enfatiza a desarticulação do poder das grandes corporações, quer seja privada ou pública, para que a inovação do saber-fazer se faça presente. Nesse sentido, levanta, dentre outros, os seguintes temas: ajardinamento do planeta, estruturação das cidades, povoamento dos mares, solidariedade e compartilhamento e fisco incentivador.
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