O que é cultura popular para Stuart Hall
OS ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS E SEU LEGADO Nos anos 1960 surgiram os estudos culturais britânicos como um projeto de abordagem da cultura a partir de perspectivas críticas e multidisciplinares que foi instituído na Inglaterra pelo Birmingham Centre for Contemporary Cultural Studies e outros. Os estudos culturais britânicos colocam a cultura no âmbito de uma teoria da produção e reprodução social,determinando os modos como as formas culturais serviam para aumentar a dominação social ou para possibilitar a resistência e a luta contra a dominação. A sociedade é concebida como um conjunto hierárquico e antagonista de relações sociais caracterizadas pela opressão das classes, sexos, raças, etnias e classes nacionais subalternas. Com base no modelo gramsciano de hegemonia e contra-hegemonia, os estudos culturais estudam as formas sociais e culturais hegemônicas de dominação, e buscam forças contra-hegemônicas de resistência e luta. As lutas focalizadas pelos estudos culturais críticos são contra a dominação e a subordinação. Portanto, esses estudos situam a cultura num contexto sócio-histórico no qual esta promove dominação ou resistência, e critica as formas de cultura que alimentam a subordinação. Com isso os estudos culturais podem ser diferenciado dos discursos e das teorias idealistas, textualistas e extremistas que só reconhecem as formas lingüísticas como constituintes da cultura e da subjetividade. Os estudos culturais, ao contrário, são materialistas porque se restringe às origens e aos efeitos materiais da cultura e aos modos como a cultura se interligada no processo de dominação ou resistência. Pelo fato de as relações econômicas e de capital desempenharem papel fundamental na estruturação das sociedades contemporâneas, o marxismo desempenhou importante papel desde o começo dos estudos culturais. Porém, os estudos culturais vêem a sociedade como um sistema de dominação em que certas instituições controlam os indivíduos e criam