O que o dinheiro não compra
Centro de Ciências Jurídicas – CCJ
Componente Curricular: Direito do Consumidor
RESENHA CRÍTICA:
O QUE O DINHEIRO NÃO COMPRA
Os limites morais do mercado
Campina Grande
Novembro de 2012
O que o Dinheiro não Compra – Os limites morais do mercado
Michael J. Sandel
Em seu livro, o autor assegura que, atualmente, poucas são as coisas que não podem ser compradas. Ele busca argumentar a todo tempo que deveriam existir certas cautelas ao se negociar produtos que efetivamente não deveriam poder ser comprados/vendidos. O autor mostra a perda de valores pela sociedade, que em busca apenas de uma satisfação pessoal, lança mão de princípios basilares para adquirir produtos e serviços que não deveriam ser comercializados. Sandel critica veementemente o que chama de sociedade de mercado. Para ele, “é um modo de vida em que os valores de mercado permeiam cada aspecto da atividade humana”, ou seja, as relações entre as pessoas são construídas com base na imagem passada pelo mercado. O autor nos indaga a refletir sobre o fato de estarmos caminhando para uma sociedade em que tudo está a venda, apontando dois problemas com relação a isso: a desigualdade e a corrupção. Desigualdade, pois não são apenas as coisas fúteis que o dinheiro pode comprar, mas a própria qualidade de vida é vendida e consequentemente, concentrada nas mãos de poucos. Corrupção, no sentido do próprio mercado ser corrompido a estabelecer preço para as coisas boas da vida. O livro é construído sobre uma sequência interminável de exemplos que ilustram a influência dos mercados nas normas sociais. No capítulo “Furando a fila”, ele detalha o mecanismo de fura-fila diante das salas de audiência do Congresso americano e afirma que essa prática, apesar de não ser ilegal, é desmoralizante, uma vez que priva o cidadão comum de participar das audiências. Além desse, o exemplo das filas para assistir a peças de Teatro gratuitas em Nova York, também se tornou um