o que ghs
NORMAS INTERNACIONAIS
Os países, ou grupos específicos de países, pelo mundo afora, têm adotado sistemas distintos para fins de classificação e rotulagem de produtos químicos. E por que eles devem ser classificados e rotulados? Obviamente para identificar o que carregam, do ponto de vista do interesse e do acerto econômico, porém, mais do que isso, para, ao dizer do que se trata, informar os perigos e normas de segurança inerentemente vinculados. Eis o que importa: a segurança humana, sob os pontos de vista ocupacional, ambiental e doméstico. Assim, em tese, podem existir tantos sistemas de classificação e rotulagem quanto os países e/ou seus blocos político-econômicos decidirem, o que, para fins da globalização não necessariamente é interessante. Esses sistemas definem os potenciais perigos dos produtos químicos para diferentes grupos de pessoas. Mesmo as legislações serem semelhantes, as classificações podem ser diferentes e gerar a necessidade de múltiplos rótulos, identificações e FISPQ para o mesmo produto, tanto internamente como no comércio exterior. Uma consequência muito objetiva, curiosa até, diante da multiplicação dos diferentes critérios para se fazer a classificação e a rotulagem de produtos químicos vários é que não fica impossível que uma mesma substância química reste simultaneamente categorizada como não perigosa ou nociva à saúde e tóxica. Está assim estabelecido o paradoxo conflitante, que de certo não se deve ao conhecimento toxicológico, mas, isto sim, a forma de expressar tal conhecimento sob diferentes critérios (e interesses). Por isto é que a grande orquestradora internacional das nações e de seus interesses, com vistas a torná-los harmônicos nas especificidades e compatíveis nas particularidades, a ONU (Organização das Nações Unidas), desenvolveu e propôs o Globally Harmonised System of Classification and Labelling of Chemicals, que recebeu na pia batismal a sigla GHS e que pretende – empregando-se o próprio verbo