O que faz um filósofo com base na Apologia De Sócrates

O que faz um filósofo com base na Apologia De Sócrates

Introdução Logo no início do livro, Sócrates já deixa sua intenção como filósofo bem clara: dizer apenas a verdade ou, senão tiver completa certeza desta, deixar sua opinião explicitando sua dúvida ao explicar que suas palavras podem, ou não, tratarem-se da verdade. O filósofo mostra-se humilde ao compartilhar seus sábios pensamentos, mas sempre lembrando que não sabe tudo e, evidentemente, não pode ter certeza se seus pensamentos mostram-se verdadeiros. Como ressaltado, Sócrates mostra-se afirmativo apenas do que sabe ou acredita tratar-se da verdade. Expõe seus pensamentos sobre variados assuntos, mas, quando mencionado algum assunto distinto de sua sabedoria, deixa sua incerteza à mostra, não afirmando nada que possa ser mentira, mantendo-se sincero aos seus pensamentos o tempo todo. Parando para pensar em sua Apologia, Sócrates apresenta sua defesa utilizando de seu jogo de palavras, que juntam sua humildade com sua imensa sabedoria, embora não afirme nada que não seja sua verdade.
Confiante em suas próprias ações chega a deixar bem claro que, caso fosse inocentado da acusação de não acreditar nos “deuses da cidade”, de modo algum deixaria de agir como anteriormente: continuaria seguindo as instruções do deus do Oráculo em busca de alguém mais sábio que ele. Tais palavras mostram mais uma vez sua habilidade com a fala, ao mostrar uma falha na acusação de Meleto: suas ações foram feitas por causa de sua crença em um deus, de modo que era impossível que ele negasse a existência de tal entidade para os jovens.
Sócrates, ainda, faz questão de diferenciar-se dos sofistas, falsos sábios que chegam a conquistar o ódio do filósofo por afirmarem saberem sobre assuntos que não sabem; o que é basicamente o oposto de Sócrates, que enfatiza mais uma vez seu modo de pensar com a frase “Não acredito saber aquilo que não sei”. Também se comparando com políticos e poetas, Sócrates vai citando sua verdade,