apologia de sócrates
“Apologia de Sócrates” de
Platão
Filosofia
Carolina Moreira 11º T1 Nº5
08-01-2014
Reflexão crítica sobre a “Apologia de Sócrates” de Platão
8 de Janeiro de 2014
Verdade versus persuasão e diferença entre Sócrates (filósofos) e os Sofistas: Falar na disparidade entre verdade e persuasão nesta obra é equivalente a explicar a diferença entre Sócrates e os Sofistas. Uma vez que esta é uma clara alegoria em que Sócrates simboliza a verdade e os Sofistas representam a persuasão, encontrando-se aliados à mentira e à manipulação. Sócrates começa a sua defesa advertindo que dirá unicamente a verdade e afirmando que os seus acusadores mentem, embora tenham sido tão convincentes que quase o fizeram crer que era culpado.1 Afirmando que uma das mentiras dos seus oponentes era acusá-lo de manipulação, denotando-se aqui a ironia do câmbio de papéis. Sócrates desculpa a sua linguagem pouco hábil e própria para o tribunal, servindo isto, uma vez mais, para relembrar o júri da sua integridade e modéstia, destacando claramente a contraposição com o discurso enfeitado dos acusadores, que dificulta a sua defesa, sendo mais fácil para o júri acreditar levianamente nas mentiras e truques dos sofistas, do que descobrirem a falsidade das acusações, pensando por si mesmos, conseguindo assim justamente encontrar a verdade, como apela Sócrates2, Sócrates cumpre a sua obrigação, mas o júri é fraco no momento final de decisão, seduzidos pela farsa. A verdade consegue ser assim obscurecida pela persuasão, demonstrando a astenia dos homens, e a imperatividade do trabalho dos filósofos. Serve isto também para enaltecer a tarefa dificultada de Sócrates na sua defesa, sempre em desvantagem, lutando contra acusações vagas e contraditórias, que são alimentadas ao júri à anos, e batalhando a própria ignorância humana, razão do seu encarceramento. A verdade vence no entanto em espírito, pois grande, na mesma, é o efeito do discurso de Sócrates, que