O príncipe
A obra “O Príncipe” que foi escrita em 1513 e dedicada a Lourenço de Médici, é, na verdade, um tratado político com 25 capítulos nos quais Maquiavel desenvolveu um sistema político baseado na astúcia. Por tentar explicar como conquistar e manter Estados, e também tratar de temas como negociações, acordos e alianças políticas, relações entre Estado e povo, política interna e externa, corrupção, nepotismo e favorecimento pode ser considerado como um Manual para Governantes.
Maquiavel aborda, no decorer de sua obra, a análise dos diversos grupos de principados, assim como seus meios de obtenção e manutenção; discute a análise militar do Estado; faz avaliações sobre a conduta de um Príncipe; dá conselhos ao Príncipe; e, também, propõe uma reflexão sobre a situação da Itália à sua época.
Inicialmente em “O Príncipe”, Maquiavel admite haver dois principais meios pelos quais de adquire um principado, pode ser pelo exercício da virtú ou pelo dom da fortuna. De acordo com o autor, o carisma da virtú é próprio daquele que se conforma à natureza de seu tempo, apreende-lhe o sentido e se capacita realizar praticamente a necessidade das circunstâncias, isto é, dos momentos propícios que a fortuna fornece. Para o autor, o principado hereditário é o mais árduo de ser conquistado, porém, o mais fácil de manter o poder, vez que o povo já esta acostumado a ser dominado pelos seus governantes.
Maquiavel expõe algumas ações as quais devem ser utilizados pelo soberano para a total conquista do Estado. A primeira consiste em eliminar a linhagem do principado anterior, a segunda em não mudar os costumes do povo que foi conquistado e a terceira é que o soberano deve fixar sua resistência no local conquistado, o conquistador também deve se afastar dos “ poderosos”, visto que estem podem, futuramente, conspirar contra o governante.
Para Maquiavel, o principado é governado de duas formas: uma em que o