O professor como agente de transformações
Com o advento e a expansão da globalização, a sociedade em que vivemos tem passado por intensas transformações em todos os campos de atuação humana, seja político, econômico, social e cultural, estando as instituições, os agentes sociais em seu bojo e os papéis que exercem, submetidos a um processo de constante reconfiguração e adaptação, ao qual também se submete o sistema educacional como um todo. Em um mundo onde, entre outras coisas, os valores e os lugares das profissões tem sido constantemente revistos e transformados, o papel do professor e o seu “locus” por excelência, a escola, também tem sido alvo de inúmeros questionamentos que dizem respeito, sobretudo, a qual modelo de escola seria o ideal em uma sociedade globalizada e tecnológica e qual o tipo de formação e atuação docente compatíveis com esse novo modelo. Ao que consta não há a definição de um modelo padrão tido como ideal, entretanto, o debate entre diferentes setores da sociedade demonstram que a escola tem que se adaptar não propriamente à uma nova sociedade globalizada e tecnológica, mas sim, aos alunos gestados dentro dessa nova realidade social. Ao meu entender há um certo anacronismo dentro do processo ensino-aprendizagem pontuado pela discrepância entre um modelo tradicional de escola por um lado, e alunos expostos a uma realidade sócio-cultural onde o uso de novas tecnologias e a facilidade do acesso à informação, por outro, são capazes de moldar capacidades e hábitos cognitivos que não se coadunam de maneira harmoniosa com o tradicional modelo de sala de aula. Isso somado à um certo esgarçamento dos valores morais de respeito à autoridade como um todo, estando a função de professor longe de representar uma autoridade moral para os alunos como era no passado, o que nada mais é do que o reflexo de um processo mais amplo de paulatina desvalorização da atividade docente e o que ela representa, engendrado por questões sócio-políticas e