O problema das falacias na America Latina
Esse trabalho busca refletir à respeito da importância da identificação das falácias encontradas muitas vezes na argumentação para justificativas sobre situações de desigualdade em sua mais variada escala e especificação. Através da analise da reportagem “Mensalão não acabou” pertencente ao domínio Noticias UOL¹, comparativamente ao artigo “Dez Falácias sobre os Problemas Sociais da América Latina” (Kilsberg, 2000), poderemos traçar uma comprovação da presença destas falácias utilizadas pelos meios de comunicação convencionais no sentido de manipular e assim repassar de forma valorativa definida as informações com as quais a população local muitas vezes formula suas próprias concepções de mundo.
2 UMA RELEITURA NECESSÁRIA
A reportagem analisada retrata a absolvição do réu João Paulo Cunha, ex-deputado federal do Partido dos Trabalhadores - PT, ocorrida na data de 13 de março de 2014, referente ao crime de lavagem de dinheiro, do qual o mesmo era acusado devido à investigação pelo Ministério Publico referente ao caso do Mensalão, fato que veio à publico como sendo um sistema de corrupção e pagamento de propina em troca de apoio político para a eleição da sigla do PT no mandato para a presidência da Republica em 2002.
Podemos logo observar a forma como se intitula a reportagem: “‘Mensalão não acabou’, diz defesa de Cunha, que estuda pedir revisão criminal” onde é citada primeiramente uma fala dos advogados de defesa do ex-deputado federal já mencionado. É claramente com o intuito de provocar a curiosidade dos leitores a respeito de uma suposta retrogradação do processo judicial referente ao escândalo político envolvendo o ex-deputado assim como o atual governo estatal que é ministrado pelo PT. Isto fica claramente posto no trecho seguinte da reportagem, onde afirma o advogado de defesa Alberto Toron:
“O mensalão, na verdade não acabou. É importante lembrar que o deputado João Paulo Cunha foi acusado da pratica de quatro crimes, dois dos quais