O problema da indiferença da vontade no livro VIII das Confissões
Todos os homens desejam a felicidade. A felicidade está na posse do Bem. Entretanto, os homens falham e envolvem-se no mal. Estas três premissas encerram o problema discutido por Santo Agostinho no livro VIII das Confissões. O encontro com Deus e com a sabedoria, leva o homem à felicidade. Porém, nem todos aqueles que já encontram-se diante deste conhecimento alcançam a felicidade.
Agostinho vai discorrer sobre esta questão, de modo a considerar a existência do apego à vontade carnal em detrimento a vontade espiritual. Diante de tal questão, depara-se o homem com a indiferença da vontade em sua unidade e uma sobrecarga de hábitos cristalizados acabam por impedir o homem de estar voltado para verdade. É nesse sentido que Agostinho conclui que pela verdade chega-se à eternidade e, pelo hábito, apenas ao desejo de um bem temporal.
O problema da indiferença da vontade no livro VIII das Confissões
Todos os homens desejam a felicidade
Todo homem, em sua plenitude, tem como fundamento de sua existência a busca pela felicidade. Embora concentre seus esforços neste objetivo, de forma a tratá-lo como primordial, muitas vezes não sabe aonde encontrá-lo. Alguns a buscam nas coisas corporais, outros procuram-na exclusivamente na alma. Há os que ainda, a repõem tanto naquelas como nestas.
A felicidade, já destacava Aristóteles, é uma atividade da alma dirigida pela virtude, isto é, através do exercício da virtude pode se alcançar a felicidade. Agostinho, próximo a esta ideia, mas muito influenciado pelos platônicos, e principalmente, pelas Sagradas Escrituras, considera que, ter ou não ter o que deseja, implica possuir a felicidade. Neste sentido, acaba por se interrogar sobre qual seria o bem, cuja posse poderia proporcionar uma felicidade de fato1. Assim conclui, que o objeto do desejo que move a felicidade, tem de ser algo que não se pode perder. Isto porque já a possibilidade de perda produziria temor e