O princípio da máxima felicidade - o utilitarismo
Justiça O que é fazer a coisa certa
Trabalho apresentado à disciplina de TI III, no Curso de Direito, Turma 1, 3º período, da Faculdade Internacional de Curitiba – FACINTER – Professor Daniel Soczek.
Curitiba 2012
Luciane Regina da Silva do Bonfim
O PRINCÍPIO DA MÁXIMA FELICIDADE - O UTILITARISMO
Curitiba 2012 Introdução
Este artigo tem por finalidade fazer alguns comentários sobre a ideia da moral utilitarista do filósofo inglês Jeremy Bentham (1748-1832) fundador da doutrina, bem como uns dos seus seguidores, John Stuart Mill (1806-1873) a partir das reflexões de Sandel, no que tange as questões da moral e da filosofia política. Rompimento de raciocínio. Michael Sandel propõe duas objeções a quê?: a primeira diz que a moral de uma ação depende unicamente das consequências que ela acarreta; e a coisa certa a fazer é aquela que produzirá os melhores resultados, considerando-se todos os aspectos. A segunda diz que as consequências não são tudo com o que devemos nos preocupar, moralmente falando; devemos observar certos deveres e direitos por razões que não dependem das consequências sociais de nossos atos. Para desenvolvermos esta reflexão faremos os seguintes passos: primeiro, estabeleceremos uma reflexão acerca do conceito de utilitarismo em Mill e Bentham. Na sequência, comentaremos o “caso dos exploradores de caverna” discutindo como as perspectivas utilitaristas estão presentes naquele texto. Num terceiro momento faremos algumas considerações sobre as reflexões de Sandel, considerando as relações entre utilitarismo e direito.
1. Concepções filosóficas utilitaristas: Mill e Bentham
O utilitarismo de Mill consiste em uma doutrina mais humana e menos calculista. Ao contrário de Bentham que não atribuía o devido valor à dignidade humana e aos direitos individuais e abrevia equivocadamente tudo que tem importância moral a uma única escala de prazer e dor.
Bentham rejeita profundamente a ideia dos direitos naturais.