O primeiro sistema de hegel (1802 – 1806)
(1802 – 1806)
Chamado Jenense, este sistema é constituído por uma lógica, uma metafísica, uma filosofia de natureza e uma filosofia do espírito.
1. Lógica
As formas gerais do ser expostas por Hegel são assimiladas por várias categorias que as compreendem. São elas: substância, afirmação, negação, limitação, quantidade, qualidade, unidade, pluralidade, entre outras. Apesar de ser uma otonlogia, esta Lógica lida também com as formas gerais do pensamento, do conceito, do juízo e do silogismo. Esta última é considerada “lógica formal”.
Hegel assim como Kant acredita na unidade do pensamento e do ser, entretanto, aquele difere sobre este quanto à concepção desta unidade. O idealismo Kantiniano é rejeitado por Hegel, uma vez que este afirma que o idealismo de Kant admite a existência de “coisas-em-si”, à parte dos “fenômenos”, ou seja, admite tais “coisas” como sendo inapreensíveis pela razão.
A filosofia Hegeliana afirma aos conceitos uma existência independente, como se fossem coisas reais, que ao mesmo tempo circulavam entre si transformando-se uns nos outros. Deste modo percebe-se que a Lógica de Hegel analisa formas e tipos de ser enquanto assimilados pelo pensamento. É a interação e a mutabilidade dos conceitos que reproduzem processo concreto da realidade.
A partir da Lógica entendemos seu procedimento. Coisas objetivas , “entes”, sem influência de elementos subjetivos, são correlacionadas quantitativa e qualitativamente e o resultado desta correlação expõe novas relações que demandam princípios e formas de pensamento; estes princípios e formas, através da negação dos conceitos tradicionais do ser, revelam que o sujeito é a verdadeira substância da realidade.
A dialética de Hegel tem como ponto de partida a diferença entre realidade e potencialidade do ente. Deste modo, o ente só passa a existir quando seu estado imediato passa a ser compreendido como negativo, ou seja, quando estes entes tornam-se “sujeitos” e buscam