O filme "O preço do amanhã" nos relata um enredo distópico, em que "o tempo virou a maior moeda de todas". Quando uma pessoa completa 25 anos, ela para de envelhecer, porém ela só terá mais um ano de vida, a não ser que tenha o dinheiro necessário para poder se sustentar e continuar vivendo, ou seja, tempo é dinheiro. A história retrata a dificuldade de adquirir esse tempo pela classe trabalhadora devido à organização desigual da sociedade. O filme pode ser facilmente relacionado com ideais ditados por Karl Marx sobre a sociedade capitalista e a luta de classes nela presente. “O tempo é moeda agora.” No filme, a sociedade é dividida entre os de maior poder aquisitivo (maior quantidade de tempo) e os de menor poder aquisitivo (menor quantidade de tempo). Isso retrata claramente a divisão de classes tão discutida por Marx, na qual há a classe exploradora (ricos) e a explorada (pobres). “Os ricos podem viver para sempre e o resto de nós só quer acordar com mais tempo na mão do que o resto do dia.”, diz Will, personagem principal da trama. Will é morador do Gueto e, logo no início do filme, sua mãe morre por esgotamento de tempo, o que “libera” uma raiva e “sede de vingança” de sua parte. “Eu não tenho tempo. Não tenho tempo para me preocupar com como isso aconteceu. É o que é”. A frase dita por Will representa claramente um dos pensamentos de Marx que diz que a classe trabalhadora é resignada, ou seja, se submete às ordens impostas pela sociedade sem nenhum tipo de revolta. Mas Will deseja reverter essa situação. O maior desejo de Marx era, depois de conhecer a organização do mundo, transformá-lo. "Cabe agora transformá-lo”, disse Marx. Esse é o mesmo desejo apresentado por Will Salas depois de receber de presente de um desconhecido mais de um século de vida. O desconhecido desencadeia uma inquietação em Will quando o explica todo o sistema da sociedade em que vivem. “Para poucos serem imortais, muitos tem que morrer.”; “Mas a verdade é que têm mais do que o