Resenha do filme “O Preço do Amanhã” e do texto “A criminologia da luta de classes”
A famosa frase “tempo é dinheiro” se concretiza no filme “O Preço do Amanhã”, onde o dinheiro, que é tido como moeda de troca na nossa realidade, deixa de existir e passa a dar lugar exclusivamente para o tempo.
As horas, os minutos e os segundos de cada indivíduo passam a ser o marcador de poder dentro de uma sociedade, o rico possui mais horas, enquanto os menos abastados contam os minutos a todo momento, afim de fiscalizar o quanto ainda o resta para sobreviver.
É possível notar que no filme e no texto há uma abordagem a cerca do ser social que tem no trabalho o seu ponto inicial, uma relação sócio-econômica. A luta do proletariado, que dia a dia vai conquistando o necessário pra viver.
O ser humano passa por um processo de reificação, ou seja, é “coisificado”, transformado em mercadoria, se torna produto, fazendo de sua força de trabalho uma mercadoria. Cada um possui o seu valor. No filme esse valor é dado por tempo, onde há uma relação de mais valia, uma disparidade entre o “salário” pago e o tempo de trabalho.
Na produção social de sua vida, os homens contraem determinadas relações necessárias e independentes de sua vontade. São associações que se tornam necessárias para a formação de uma sociedade, na qual cada indivíduo desempenhará uma função, gerando uma divisão de classes.
Para Marx a violência mantém uma relação de meio e fim com o sistema estrutural do modo de produção capitalista, em uma dominação estrutural. O conflito e a própria violência são resultantes da divisão social em classes. O dinheiro/tempo se confunde enquanto valor. Os vínculos sociais e humanos se diluem, os homens são reduzidos a coisas que possuem preço.
O Estado possui a função de reprimir a violência que é provocada pela desigualdade gerada. Porém é perceptível que o Estado não exerce essa função plenamente para toda a sociedade, mas que possa estar a proveito de uma classe