O preconceito linguístico presente na educação brasileira
Alexandre Henrique Ferreira Gomes[1]
RESUMO:
Este artigo tem por objetivo explicitar as formas de preconceito linguístico presentes no ensino da língua portuguesa nas escolas do país, que acabam por adotar basicamente a gramática normativa como padrão para o ensino da fala e da escrita, desconsiderando a realidade brasileira, de um país muito extenso e com diversas variações linguísticas decorrentes da localidade do falante, bem como, principalmente as variações linguísticas apresentadas em decorrência da realidade social do mesmo. Procura ainda apresentar soluções para a atual metodologia de ensino, considerada arcaica e ultrapassada por parte da grande maioria dos linguístas.
PALAVRAS-CHAVE:
Preconceito linguístico; educação; Brasil.
ABSTRAT:
This article aims to describe the linguistic forms of prejudice present in Portuguese language teaching in schools of the country, which basically end up adopting a normative grammar as the standard for the teaching of speech and writing, ignoring the reality in Brazil, a country very extensive and diverse linguistic variations resulting from the location of the speaker as well, especially given linguistic variations due to the social reality of it. It also seeks to provide solutions to the current teaching methodology, considered archaic and outdated by the large majority of linguists.
KEYWORDS
Prejudice language; education; Brazil.
1. INTRODUÇÃO
O Brasil não possui uma unidade linguística. O português falado no país é constituído de uma grande diversidade, decorrente da enorme extensão territorial brasileira e de toda a diferença social do país, fruto da má distribuição de renda, o que gera um enorme abismo linguístico entre os falantes do português não padrão e os falantes da norma culta, que é a língua ensinada nas