Resenha
Marcos Bagno é um tradutor, escritor e linguista, doutor em filologia e língua portuguesa pela USP. Atua nas áreas de sociolinguística e literatura infanto-juvenil. Bagno leciona na Universidade de Brasília. Autor de títulos como "A língua de Eulália: novela sociolinguística”, "Português ou Brasileiro? Um convite à pesquisa” dentre outros. Além desses títulos, é autor de duas dezenas de obras literárias. Recebeu em 1988 o Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira e, em 1989, o Prêmio Carlos Drummond de Andrade de Poesia, entre outros. Selecionou e traduziu os artigos reunidos em Norma linguística. Vem se dedicando à investigação das implicações socioculturais do conceito de norma, sobretudo no que diz respeito ao ensino de português nas escolas brasileiras. No livro “Preconceito Linguístico: como é, e como se faz”, o autor Marcos Bagno aborda questões relacionadas ao preconceito linguístico presente em grande parte da sociedade brasileira. Uma questão importante levantada pelo autor é a confusão que muitas pessoas fazem entre língua, um termo mais abrangente, e gramática normativa, que é uma ramificação da língua auxiliadora da norma culta.
Nesse contexto, Bagno recusa a noção simplista que separa o uso da língua em “certo” e “errado”, dedicando-se a uma pesquisa profunda dos fenômenos do português falado e escrito no Brasil. Ao mesmo tempo, convida o leitor a fazer um passeio pela mitologia do preconceito linguístico, a fim de combater esse preconceito no nosso dia-a-dia, na atividade pedagógica de professores em geral e, sobretudo, de professores de língua materna. Para isso, o respectivo autor analisa oito mitos inseridos no primeiro capítulo do livro “A mitologia do preconceito linguístico”; Mito 1 – “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”; o autor fala da diversidade do português falado no Brasil e destaca a