o preconceito linguistico

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O preconceito lingüístico é uma forma de preconceito a determinadas variedades lingüísticas. Para a lingüística, os chamados erros gramaticais não existem nas línguas naturais, salvo por patologias de ordem cognitiva. Ainda segundo esses lingüistas, a noção de correto imposta pelo ensino tradicional da gramática normativa originam um preconceito contra as variedades não-padrão.
Origens

O sociólogo Nildo Viana foi quem primeiro apresentou uma visão marxista deste fenômeno, relacionando-o com a educação escolar e a dominação de classe, bem como questionando pesquisadores deste tema. Para mim, a linguagem é um fenômeno social e está ligada ao processo de dominação, tal como o sistema escolar, que é a fonte da "dominação lingüística". A ligação indissolúvel entre linguagem, escrita e educação com os processos de dominação, é a fonte do preconceito lingüístico, pois a língua escrita veiculada pela escola se torna a língua padrão e esta se torna norma geral que todos devem seguir, mas o seu modelo se encontra entre os setores privilegiados e dominantes da sociedade. Assim, conclui que a escola é a base do preconceito lingüístico, e esta reproduz as desigualdades sociais.

“A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”
O primeiro mito apontado por Marcos Bagno é introduzido pelo título: “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”, o que o autor classifica como “o maior e mais sério dos mitos” e como “(pre) conceito irreal”.
Bagno argumenta que este mito é prejudicial à educação porque retira a variabilidade linguística do que é ensinado nas escolas e passa a idéia da existência de uma única língua comum a todos os brasileiros, não se levando em consideração os múltiplos fatores inerentes a cada grupo da população.
Ainda, segundo o autor, o alto grau de variabilidade e diversidade linguística no Brasil tem como uma de suas causas a injustiça social, geradora de um abismo linguístico entre a norma

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