O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos.
RESUMO
ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006. p. 151-196.
Os professores universitários, Rodolfo Ilari e Renato Basso, publicaram em 2006 o livro O português da gente. O primeiro atua como diretor da Revista ABRALIN, o outro atualmente estuda a formação do português brasileiro e a semântica dos indexicais. No capítulo Português do Brasil: a variação que vemos e a variação que esquecemos de ver, os autores além de desenvolverem suas teorias à cerca de quatro variações que ocorrem na língua: diacrônica, diatópica, diastrática e diamésica, também abordam a discussão sobre o fato do português do Brasil ser ou não ser uma língua uniforme. A variação diacrônica é aquela que evidencia a mudança na língua ao longo do tempo. As línguas têm uma história externa e uma história interna. A primeira, diz respeito às variações que ocorrem ao longo do tempo em relação às suas funções sociais. Já a segunda, diz respeito às variações que vão ocorrendo em sua gramática: fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e em seu léxico. A variação diacrônica pode ser percebida pelo uso de gírias, expressões, gramaticalização e lexicalização. A variação diatópica é aquela cujas diferenças são apresentadas no espaço geográfico. Para falar desta variação em vista das razões históricas e políticas, os professores compararam o Português Europeu do português do Brasil, já que a língua de Portugal é sempre a mais reconhecida. Ainda fazem referência sobre o atlas linguístico, um meio usado para demarcar a ampliação das variedades regionais. A variação diastrática é aquela diferença entre o português falado, que implica a questão social por parte do indivíduo. Essa diferença é notada por níveis de escolaridades. A variação diamésica está associada ao uso de diferentes meios de expressão ou veículos que a língua utiliza. Esta variação