o poder em Weber
Para que se compreenda de forma efetiva o que Max Weber entende por Poder, deve-se ter em mente a concepção sociológica desse pensador.
Numa visão simples e resumida de sua estrutura sociológica, a visão de Weber é de uma Teia de Relações, comparável a uma teia de aranha. Os pontos se encontram formando um todo, que representa o todo da teia, ou, transferindo para a realidade, a sociedade em sua completude. Cada individuo, nessa configuração, se relaciona com o outro num processo positivo que influi o “bom funcionamento da sociedade”.
No entanto, para que haja esse bom funcionamento da sociedade, é preciso de um elemento que force os indivíduos a agirem de tal forma. Em Weber, esse elemento diferencial é inerente ao ser humano e chamado por ele de Espírito.
Por Espírito, Weber entendia um sistema de máximas de comportamento humano. Se estivermos falando em máxima de comportamento, estamos nos referindo, evidentemente, a uma ética. Não é por acaso que sua célebre obra se intitula A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.
Sendo assim, a Sociologia para Max Weber é o estudo das interações significativas de indivíduos que formam uma teia de relações sociais, sendo o seu objetivo a compreensão da conduta social. Para ele, a ação social é a própria conduta humana.
Poder para Weber significa a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra toda a resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. Quando Weber fala em fundamento, ele se refere a certos recursos necessários para a legitimação desse poder. Em outras palavras, é preciso ter alguma coisa a mais em relação aos outros para que se possa “mandar”.
Essa relação de poder existe em toda a relação social. Por exemplo, para que um professor de Física possa dar aula, ele deve ter um Recurso a mais do que seus alunos, ou seja, a especialidade daquela disciplina. Sem esse recurso, não