Poder político exercido pelo estado em weber e hegel

Qual a relação entre o poder politico exercido pelo Estado no interior do território e relativamente aos demais Estados, com base nas teorias defendidas por Weber e Hegel?

Para Weber, o Estado é a entidade que, nos limites do território, detém o monopólio legítimo da violência. Nele há uma relação de homens dominando homens, que obedecem ao poder político interno de acordo com três justificativas para o domínio: domínio tradicional (exercido pelo patriarca); domínio carismático (referente ao dom da graça, heroísmo, qualidades individuais de liderança. Exercido pelo profeta, pelo governante eleito pelo povo, pelo demagogo, pelo líder do partido político); domínio legal (baseia-se na validade de um estatuto legal e de regras racionalmente criadas, visando o cumprimento das obrigações do estatuto).
A obediência da população ao poder político deve-se ao medo que tem dos demais Estados e à esperança de que, estando sob o poder de um soberano, lhes seja garantida segurança. Com esse intuito, os súditos compactuam com o soberano, a quem submetem seu monopólio da violência, a fim de que, concentrado em sua mão, se legitime. O soberano, então, abdica de suas vontades para realizar somente aquilo que beneficiará os súditos.
A função do Estado, portanto, é garantir a segurança dos súditos, tanto no âmbito interno quanto externo, atentando para a estabilidade interna e para a manutenção das relações externas. Por deter o monopólio da violência, o Estado pode, em âmbito externo, iniciar a guerra ou promover a paz.
Para Hegel, o Estado não é apenas a entidade que detém o monopólio da violência, e sim aquele que cria uma determinada cultura. O papel do Estado na esfera interna é a criação da nação, pois este é agente promotor da união do povo, a partir de sua cultura.
Síntese do pensamento hegeliano, o Estado traduz a vida ética de uma comunidade, formada por família e sociedade civil. Nasce do ajuste de interesses dessas entidades, que acontece quando as preocupações