WEBER: Relações Sociais, Poder e Dominação
Módulo III: Relações Sociais, Poder e Dominação.
Foi dito acima que o objeto de estudo da sociologia weberiana é a ação social. No entanto, realizar um estudo sociológico de um determinado grupo, mesmo sendo uma empresa, por exemplo, tentando trabalhar com todas as ações dos envolvidos seria algo sobremaneira difícil. Imagine, pois, a pesquisa sobre um Estado Nacional.
Para a compreensão dos grupos humanos Weber propõe então um outro conceito que é importante para a assimilação do seu pensamento, qual seja: o de relação social.Vejamos como o mesmo é definido pelo próprio autor:
Por “relação” social entendemos o comportamento reciprocamente referido quanto a seu conteúdo de sentido por uma pluralidade de agentes e que se orienta por essa referência. A relação social consiste, portanto, completa e exclusivamente naprobabilidade de que se aja socialmente numa forma indicável [...], não importando, por enquanto, em que se baseia essa probabilidade.
De acordo com a definição, uma relação social seria uma rede intrincada de ações sociais que se orientam umas pelas outras, e o que mantém a mesma perdurando é a expectativa dos participantes de que a probabilidade de que os outros agentes continuem se portando da forma esperada. Um jogo de manutenção de expectativas é algo, por certo, muito mais tênue do que a coercitividade exterior de um fato social, e, no entanto, segundo Weber é a única força que mantém os grupos humanos reunidos.
Trabalhemos com um exemplo: um homem envia seu currículo para uma empresa, na expectativa de ser contratado, para um cargo “x” e por um salário “y”. Convidado para uma entrevista, termina por ser admitido nos quadros funcionais. A partir desse momento tem início uma relação social empregatícia. Qual será a sua duração? Segundo Weber, ela durará o período de tempo em que a crença na probabilidade de que a outra parte continuará satisfazendo certas expectativas existir. A partir