o poder das transnacionais
As empresas transnacionais têm, atualmente, um enorme poder econômico, de fato, algumas destas grandes companhias administram um volume de recursos superiores ao PIB de alguns países, por exemplo, a petroleira anglo-holandesa Shell tem vendas maiores que o PIB da Argentina. Isto ocorre pela expansão, em escala global, das políticas do mercado neoliberal que colocam a disposição das transnacionais, setores básicos para a vida das pessoas, como a alimentação, a energia, a água, a saúde, as pensões etc..
Apesar da existência de milhares de transnacionais que parecem competir livremente no mercado global, apenas uma centena delas controlam todas as demais: 737 corporações multinacionais controlam o valor acionário de 80% de total das grandes companhias do mundo e só 147 controlam 40% delas. Essas centenas de transnacionais que concentram um enorme poder são majoritariamente financeiras.
A liberdade no movimento global de capitais e a ausência de regulação e controle público sobre a especulação financeira das corporações das finanças, tem originado a quebradeira global que atualmente vivemos, e que tem feito aflorar uma crise econômica, social e ecológica sem precedentes. Ainda assim, se injetam recursos públicos milionários às mesmas entidades financeiras que se beneficiam desta liberalização e desregulamento e que estão utilizando para sanear suas contas. Além disso, a crise é a desculpa para avançar com mais força no desmantelamento do Estado de bem estar, a privatização dos bens comuns e a abertura de portas ao capital transnacional para que possa controlar numerosas questões que tem que ver com os direitos fundamentais da cidadania. Desta forma, a crise capitalista não há feito senão reforçar o papel econômico e a capacidade de influência política das grandes corporações, uma vez que está produzindo estragos nas condições de vida da maioria da população mundial.
Efetivamente, o poder econômico está aparelhado no grande