O plágio
Estas duas práticas consistem em comportamentos (i)morais do estudante, se considerarmos o que diz Barros Dias (2004, p.26) “…a Moral reporta-se a comportamentos concretos, de índole particular que pressupõem a coexistência da liberdade e da responsabilidade por parte daquele que os leva a cabo” e remetem-nos, de imediato, para um problema Ético pois segundo Pedro Cunha (1996, p.9) “a Ética é uma articulação racional do bem”, sendo que o que está aqui em causa é a prática do oposto,
A fraude e o plágio, à semelhança do “copianço”, da usurpação de enunciados e correcções de exames, do falar com o colega, do utilizar o telemóvel na resolução do exame, do subornar examinadores… “actos definidos de ilícitos, não éticos, imorais que violam regulamentos instituídos nas escolas e nas universidades” segundo Aurora A.C. Teixeira e Maria Rocha (2010. p.8), consistem em actos particulares, praticados de plena consciência, sempre justificados por diversas razões, como a pressão na obtenção da melhor nota possível, a falta de tempo na resolução dos trabalhos, o facto de toda a gente os praticar ou ainda acreditar na sua aceitabilidade, sabendo que são ilícitos e condenáveis.
No estudo efectuado em 2010, em 21 universidades espalhadas pelo mundo, as duas professoras concluíram que “a fraude é maioritariamente praticada em países fortemente corruptos a diversos níveis da sociedade” sendo “os países escandinavos e as ilhas britânicas os menos atingidos”. Pois comprovadamente, estas comunidades têm um elevado sentido Ético do Bem Universal e tal facto tem natural incidência nas suas escolhas e nos seus actos. Mais recentemente, Aurora Teixeira, estudando a possível interligação entre os comportamentos morais das pessoas enquanto ainda estudantes e as suas práticas no mundo do trabalho, conclui que quem pratica “batota” enquanto formando, continua enquanto profissional, decorrendo daí inevitáveis e irremediáveis danos para