O plágio na comunidade científica
Resumo do texto “O plágio na comunidade científica: questões culturais e lingüísticas” de Sônia M. R. Vasconcelos.
O plágio, entre outras definições, pode ser considerado como a “apropriação ou imitação da linguagem, idéias ou pensamentos de outro autor e a representação das mesmas como se fossem daquele que as utiliza”, segundo o Random House Unabridged Dictionary. Nos países de língua inglesa, o plágio é tratado com bastante seriedade e sua prática está sujeita a punições severas. Nesses países, o plágio é visto como desonestidade acadêmica e é, inclusive, investigado pelas agências de fomento. Em 2006, uma bióloga nos Estados Unidos, perdeu o financiamento de sua pesquisa por apresentar uma versão plagiada de um projeto de sua orientadora. Percebe-se que, atualmente, há uma política de “tolerância zero” ao plágio em publicações acadêmicas. Autores acusados de plágio podem até serem proibidos de publicarem seus trabalhos. Eles acabam com sua reputação no meio acadêmico, além de prejudicarem a evolução da atividade científica. A idéia de plágio ainda não está clara para todos os pesquisadores do mundo. Exemplo disso são as culturas confucianas (China, Singapura e Coréia). Devido a questões culturais, em que não há conceitos definidos de autoria e propriedade intelectual, esses países possuem visão diversa do Ocidente quanto à valorização da originalidade e autoria das pesquisas. Embora o número de brasileiros proficientes em inglês seja bem reduzido, a produção de periódicos internacionais é crescente. Isso aponta para possíveis casos de plágio, mas como isso ainda não foi investigado, não se sabe ao certo a quantidade de publicações plagiadas ou auto-plagiadas. Segundo Obdália Silva, em Entre o plágio e a autoria? Qual o papel da universidade? (2006) [no Brasil]... “historicamente, desde o ensino fundamental à universidade, tem-se convivido com a prática de cópias de produções textuais