O perigo dos plásticos
Danos graves a saúde são causados por substâncias químicas presentes em grande parte dos produtos plásticos usados pela população e descartados no ambiente. Os efeitos desses compostos no organismo humano ainda estão sendo estudados, suspeita-se que eles tenham participação expressiva em problemas de saúde que vêm se tornando mais frequentes na população mundial nas últimas décadas.
Em 1949 foi relatado que homens que pilotavam os aviões usados para aplicar inseticida nas plantações apresentavam baixa contagem de espermatozoides. Esse inseticida (dicloro-difenil-tricloroetano, conhecido pela sigla DDT) foi o primeiro produto químico em que a atividade hormonal foi identificada.
Desde então outros compostos químicos que afetam o sistema hormonal foram encontrados. Entre eles o bisfenol a, os ftalatos e os alquilfenóis, esses compostos são utilizados na fabricação de vários produtos, como: mamadeiras, garrafas de água, brinquedos, pratos e copos descartáveis, latas de conserva, CDs e DVDs, além de já terem sido encontrados na água comercializada em garrafas de PVC e de afluentes de estações de tratamento de esgoto. Nas mulheres os agentes artificiais imitam o estrogênio, e assim desenvolvem doenças como endometriose e câncer de mama. No sexo masculino a substância pode causar câncer de próstata, levar a impotência, induzir o crescimento das mamas, além de causar a redução do desejo sexual, do hormônio masculino no sangue e do número de espermatozoides. Estudos evidenciam que nos últimos 60 anos a cotagem de espermatozoides caiu à metade.
A taxa de transmissão de bisfenol A, ftalatos e alquilfenóis dos plásticos para outras substâncias com as quais entram em contato (líquidos, alimentos e materiais usados em procedimentos médicos, por exemplo) depende de diversos fatores, como o teor desses compostos nos plásticos, o tempo de contato, além da temperatura e do grau de agitação. Contudo é possível reduzir a ingestão com