O perigo da História única.
Paulo André da Mata Costa
A romancista africana Chimamamnda Adichie faz um discurso a respeito da refutação de uma historia única que serve como pano de fundo para questões antropológicas interessantes, provando que o perigo de um ponto de vista dominante pode ser ameaçador para uma cultura diferente e dominada. Segundo define o material de apoio lido,"a antropologia contemporânea considera que nossos conceitos e formas de pensar a realidade que nos cerca dependem do contexto social e histórico em que vivemos e usa essa consideração para criticar os autores evolucionistas." Ou seja, cultura e povo não são evoluídas ou primitivas, são apenas culturas e povos distintos. Levi-Strauss (1952), disse que as culturas são como trens, cada cultura, cada sociedade é como se fosse um vagão, que vão e vem pelos trilhos, independente de serem evoluídas ou não, elas são particulares. No artigo a pedido da UNESCO ele criticava a deia de raça e de etnocentrismo e brilhantemente usou os trens para explicar que não existe evolução, que os trens são nossa cultura e nós olhamos o mundo a partir deles.
O que vemos aqui é uma definição de que a cultura africana onde a autora cresceu alienada não seria melhor ou pior que aquela americana e inglesa onde ela acendeu encantada pelos livros e a tradição exterior que lhe era apresentada. Ela sofre uma espécie de processo de aculturação anglo-americana etnocêntrica, que segundo Rocha. (1986, p.5), é “uma visão de mundo onde o (...) próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência”, nesse caso, a cultura anglo-americana.
É interessante pensar que já se consegue reflexões desse homem de uma forma mais cientifica e desnaturalizada, a própria Adichie faz isso quando percebe sua cultura e diz "quando nos apercebemos de que nunca há uma história única sobre nenhum lugar,