Até hoje nos é “contado” que devemos nos aproximar o máximo do modelo sociocultural do continente europeu, pois tudo o que é “ bom” está e/ou se originou lá (do tipo: tecnologia,medicina,intelectualidade,ou seja, conhecimento!) Porém,essa história reproduzida pelo senso comum e pela mídia por exemplo, se deu através de um grande processo de hierarquização,no qual os europeus tratou de se possuir, omitir, e deslegitimar a verdadeira história de onde veio todo esse conhecimento. Um bom exemplo para se pensar o “perigo dessa única história”, é voltando lá no tempo, cerca de mais de dois milênios a.C (antes de Cristo), no apogeu de uma das primeiras civilizações da antiguidade, a complexa civilização Egípcia. Egito é um país filho da mãe África, conhecido por uma das mais belas e inimitáveis obras de engenharia, as “pirâmides do Egito”. Para ter construído as pirâmides de Gizé, Quéops e Miquerinos, era preciso dominar profundos conhecimentos da matemática, da física, arquitetura e engenharias; pois era preciso ser aplicado um teorema que conhecemos hoje como Pitágoras; analisar as forças as quais as obras estariam sendo submetidas. E não para por aí, além das pirâmides, os egípcios já dominavam a medicina, através dos processos de mumificação; o processo de irrigação, que garantia uma boa distribuição das águas do rio Nilo para a população; além das universidades que lá já existiam. Ou seja, antes da Europa ser o que é (centro da intelectualidade e “dita” produtora de conhecimento) já se existia medicina, engenharia, matemática, física, arquitetura, química, tudo isso no continente africano. Esta rica contribuição da mãe África como berço da existência das ciências, foi apagada e reformulada como se o berço da humanidade (África) se resumisse em sua atual situação: miséria, pobreza, fome, doenças, guerras, etc. Não esquecendo que o estado de desgraças que este continente vive, foi e é produto de ações estratégicas, como o Congresso de Berlim, produzidos pelo homem