O perfume
No século XVIII, nasce na França Jean Baptiste Grenouille, no lugar mais fedorento de todo o reino.
A mãe de Grenouille já estava na quinta gestação, os quatro anteriores haviam nascido mortos ou semimortos, porem com Grenouville foi diferente ele não nasceu morto, mas foi rejeitado pela mãe. A mãe acabou indo a forca por abandona-lo e referente ao pai não sabia sua identidade.
Jean Baptiste não teve uma mãe suficientemente boa para prover seus cuidados e nem mesmo um pai suficientemente bom para ajudar suprir suas necessidades primárias.
Não teve o olhar da mãe no começo da vida para assim conseguir ver o mundo (Ocorreu a falha na função especular), com essa falha o resultado foi um ego frágil tendo que cuidar de si mesmo, como estivesse cuidando de uma mãe postiça.
Ele foi encaminhado ao orfanato. Algumas crianças do orfanato tentaram lhe matar, mais uma vez ele sobreviveu.
O ambiente não foi facilitador para ele. Em sua dependência absoluta não ocorreu o holding (preocupação materna primária).
Por não ter o holding foi se protegendo da forma que conseguia.
Desde o nascimento o seu olfato já era aguçado, tudo que passava próximo era cheirado por ele, no começo de sua vida não distinguia o cheiro bom do ruim somente identificava o cheiro.
O olfato o levava para os lugares e nesses momentos ele se esquecia de tudo que estava ao seu redor, e se entregava totalmente ao prazer de sentir os cheiros.
O seu desenvolvimento foi bem mais lento do que das crianças de sua idade, aos 5 anos de idade ainda não falava.
Ele não era odiado pelas as crianças do orfanato, mais elas ficavam inquietas perto dele e com isso acabavam se afastando dele.
O mundo invadiu o bebê, ele não teve uma rotina para se sentir seguro.
Ele possui um falso Self, pois o ambiente foi invasor e não atendeu todas as suas necessidades. Sua infância foi roubada.
Jean Baptiste fez 13 anos e não tinha mais lugar no orfanato, foi vendido para um curtume.