O pequeno soberano
Enfurecido, saqueia o cofre sagrado.
Moacir Moura
Um grande país das américas vem sofrendo grave crise de governite aguda, sobretudo nos últimos doze anos de sua história. Seu povo, cordato e ingênuo, tem o hábito de acreditar cegamente nos seus agentes políticos, como passaram a ser chamados depois que escândalos começaram a surgir.
Regimes variados e mais de centena de governos passaram pelo seio da pátria. De uma forma ou de outra, quase todos não fizeram outra coisa senão vender esperança para as pessoas. E usufruir de suas riquezas. “Este é um país do futuro”, sempre disseram. Mas negligenciaram o presente e esqueceram de fazer um futuro melhor investindo em educação.
Em vez de cuidar para que o pais tivesse uma educação de qualidade e infraestrutura adequada para viabilizar seu crescimento, assim como o bem-estar das pessoas, os governantes optaram por investir em assistencialismo e perpetuar a pobreza num país rico. Sobrecarregar o povo de impostos e burocracia.
Nunca houve um plano de nação. Mais de 500 anos transcorrem depois de seu pseudescobrimento e o que há é uma disputa ferrenha pelo poder. Em vez de contabilizar melhorias como fazem os estados independentes mundo afora, nos últimos anos as coisas pioraram. Fatiaram o país por partido e a administração federal e suas estatais passaram a ter donos, não gestores. Seus habitantes foram literalmente sequestrados para o fundo de um buraco negro.
O governo central, eleito pelo povo, se voltou contra o povo. Aparelhou estado. Em vez da ordem que está em sua bandeira, privilegia o caos. Incentiva a baderna e dizem que importa guerrilheiros treinados em países que adotam o regime político que pensam implantar no país. Não perdem a oportunidade de descaracterizar manifestação legitimas, infiltrando profissionais que agem a soldo do governo da capital federal. Uma de suas 27 Aldeias elegeu seu governante. Os habitantes deram a ele a chave de três cofres aos quais teria acesso para