o pensamento sistêmico
O pensamento sistêmico evoluiu do pensamento linear, que é sustentado pelo paradigma tradicional, em que predomina o antropocentrismo e busca-se um ideal de homem transcendental, fiador de todas as certezas (Figueiredo, 1996) e que encontra as relações causais determinantes da natureza e seus eventos para, assim, controlá-la . Tais pensamentos tiveram precursores filósofos como Francis Bacon e René Descastes. O primeiro propunha uma reforma do conhecimento científico, que substituiria a ciência vigente em sua época, baseada no método de Aristóteles; sua importância advém de seus estudos acerca do empirismo e da metodologia científica, que proporcionariam conhecimento para o domínio sobre a natureza. A influência de Descartes reside na sua dicotomização entre mente e corpo, em que aquela refletiria a realidade objetiva e fidedignamente, conhecida por meio da razão; defendia também que a natureza funcionava segundo leis mecanicistas, corroborando, assim, com a ideia de causa-efeito. A superioridade e dissociação da razão humana em relação objeto estudado acabam por elidir a complexidade dos fenômenos, o que culmina em sua fragmentação. No pensamento linear, as leis das ciências da natureza são aplicadas às ciências humanas, o que vem a reduzir o homem, por negligenciar sua subjetividade e suas relações – o impacto mútuo entre as pessoas – bem como o contexto em que o indivíduo está inserido.
A Teoria Geral dos Sistemas
No seu livro Teoria Geral dos Sistemas, de 1968, Ludwing von Bertalanffy, biólogo austríaco, postula a necessidade de uma nova categoria de pensamento científico, de nome homônimo. Bertalanffy se apoia no conceito de homeostase estudada pela termodinâmica clássica para a criação de uma “nova termodinâmica” que descrevesse sistemas abertos que se mantém afastado do equilíbrio.
O biólogo tinha como preocupação as fronteiras disciplinares e o isomorfismo, ou seja, as propriedades de diferentes alçadas científicas dos