O pensamento Selvagem - classificaçoes taxonomicas

O Pensamento Selvagem
O pensamento selvagem foi um livro de 1962 que marca o apogeu da teoria Estruturalista elaborada por Lévi-Strauss. Seu reconhecimento se deve não só pela consolidação de sua teoria como também por quebra de paradigmas ultrapassados, como a ideia de que o pensamento selvagem é atrasado. Strauss prova que não há atraso, apenas distintas formas de operações, das quais no pensamento selvagem se destaca a ciência do concreto, a apreensão da realidade através do mítico-religioso, ou seja, uma abstração da realidade através do sensorial, nossos sentidos mais objetivos e imediatamente ao alcance. Já nas sociedades ocidentalizadas nos pautamos por formas de pensamento científicas, pensando através de categorias abstratas como a matemática. Mas nas sociedades ocidentais, ditas mais evoluídas, também se realiza a forma de pensamento através do sensorial e imediato, principalmente se estamos falando de setores não especializados em determinado assunto.
Mas em relação a sua teoria antropológica, Strauss faz uma releitura de Radcliffe Brown, impregnando de influências como a da Linguística, onde ele constitui uma gramática universal da cultura que traduz unidades de pensamento humano que se distribuem da mesma forma em diferentes sociedades, como por exemplo a linguagem (uso de símbolos para a comunicação), os sistemas de parentesco, restrições matrimoniais, constituição de mitos, etc. O que tudo isso tem em comum? Todos se organizam de forma classificatória, que segundo Strauss, é uma característica inerente ao ser humano – a classificação. Porém essa classificação se organiza de formas distintas dentro do pensamento humano, podendo assumir diversos espectros. Algumas delas são o pensamento por oposição, contiguidade, sincronia/diacronia, etc.
Essa teoria rompe a dicotomia natureza e cultura ao mostrar a cultura como um produto da primeira, e não uma negação. Inclusive, ao explicar a logicidade humana nos mostra que a negação traz o significado, e que