Resenha O Pensamento Selvagem
Curso de Graduação em Ciências Sociais
Disciplina de Antropologia II
Professor: Guillermo Vega Sanabria
Acadêmico: Caio Vinicius de Souza Oliva – 82085
LÉVI-STRAUSS, Claude. 1989 [1962]. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus ( A lógica das classificações totêmicas – p. 51-90)
No capítulo “A lógica das classificações totêmicas”, Lévi-Strauss mostra, principalmente, através de exemplificações etnográficas toda uma lógica taxonômica do pensamento selvagem, ressaltando a complexabilidade da classificação dito primitiva; envolvendo o totemismo, que é baseado na crença de um parentesco místico de seres humanos com objetos naturais, como animais e plantas.
Logo nas primeiras páginas do capítulo é evidenciado um encontro de um zoólogo com um Delfim, neste momento o encantamento pela bela criatura é involuntário, porém a única certeza que o zoólogo consegue ter é a dos termos científicos classificando aquela espécie. Lévi-Strauss utiliza deste exemplo para explicar a dissociação entre teoria e sentimento, sendo para os chamados povos primitivos princípios conjuntos, que não podem ser explicados separadamente como na visão do zoólogo.
Ao decorrer do capítulo o autor exemplifica a relação que os diferentes povos fazem sobre a taxionomia, o ritual e caça. Como o ritual da caça às águias entre os hidatsa, atribuindo o fator do parentesco assimilado com o sobrenatural, pois o método foi passado pelos animais aos ancestrais. A relação também é exposta no rito com oferenda, quando o feiticeiro-curandeiro precisa colher uma planta, ele a trata como sagrada, harmonizando -a e depositando alguma oferenda, como tabaco.
Lévi-Strauss percebe como os etnólogos estão rodeados de preconceitos. O pensamento selvagem é visto com simplicidade e grosseria. Este fato muitas vezes atrapalharam e desviaram a atenção dos etnólogos, ao não perceberem que os primitivos possuem sistemas de classificações complexos e coerentes. Existe uma dificuldade em