O pedagogo na formação de cidadãos críticos: a leitura de mundo hoje será o reflexo do homem no futuro.
Adriana Leandro*
Introdução
Em uma sociedade com altos índices de analfabetismo, pessoas mal alfabetizadas ou privadas da escolarização, por necessidade de subsistência, é um grande desafio para o estudante de licenciatura na atualidade, decidir-se em atuar na área educacional.
Neste âmbito, analisar minunciosamente as bibliografias de Paulo Freire* é de suma importância, por tratar da questão da leitura e da escrita sob o ângulo da luta política, além de colaborar para a compreensão científica do problema em questão. Pois, ele mesmo, percebeu a influência do meio em sua compreensão de mundo, quando relata sobre o conhecimento da leitura e da escrita, durante o processo de alfabetização, em sua infância:
“Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz”. (FREIRE, 2011, p. 24)1
Paulo Freire em sua concepção de compreensão da natureza, decodifica a leitura de mundo, relacionando texto e contexto para alcançar uma compreensão crítica da importância de uma leitura perceptiva dos acontecimentos vivenciados pelo homem, que ao chegar na fase adulta, evidencia que é através da experiência ao longo da infância, que se constrói o conhecimento através do ambiente por ele vivido. Diante disto, para comprovar os fatos, utilizaremos de fontes documentais através de analise imanente, relacionando artigos de outros autores, para embasamento do tema proposto.
Referencial teórico
Partindo da análise imanente como fonte documental a 1ª. Situação disposta no Apêndice do livro “Educação como prática da liberdade” de Paulo Freire, no título “O homem no mundo e com o mundo. Natureza e cultura”2, o autor aborda um método de estudo, através da leitura comportamental do homem, diante da realidade de mundo que o cerca e de sua