O paradoxo da Hipertensão
Tratamento da hipertensão foi um dos maiores sucessos da medicina nos últimos cinquenta anos. Os notáveis avanços no tratamento tem permitido a capacidade de se diminuir a pressão arterial de praticamente todas as pessoas com hipertensão. Todavia, a hipertensão continua sendo o problema de saúde que apresenta o maior aumento de prevalência em todo o mundo. Além do mais, o número de pessoas com a pressão sanguínea não controlada também vem aumentando, apesar dos avanços terapêuticos. Neste artigo, serão discutidos os fatores responsáveis por esse paradoxo e as estratégias necessária para enfrentar o crescente problema.
PRIMEIRAS ABORDAGENS PARA A TERAPIA
Hipertensão é o maior fator de risco para doenças cardiovasculares e renais, e dados recentes indicam que a hipertensão não tratada diminui a expectativa de vida em aproximadamente cinco anos. Embora os dados associem aumento de pressão sanguínea com morte prematura estivesse amplamente disponíveis pelos seguradores, a opinião médica provavelmente por volta de 1950 era a de que diminuir os níveis elevados de pressão sanguínea era prejudicial pelo fato de comprometer a perfusão de órgãos vitais e assim, aumentar o risco de doenças cardiovasculares e renais. Os três primeiros pioneiros que pensaram de outra forma e agressivamente redutoras da pressão arterial foram Walter Kempner, Reginald Smithwick e Robert Wilkins. Cada um tinha uma abordagem diferente: Kempner usado manipulação dietética; Smithwick, cirurgia e Wilkins, terapia medicamentosa,
Kempenr prescrevia uma dieta composta primariamente por arroz e frutas. Ela era pobre em calorias, gordura, proteína e sódio (< 30 mmol por dia) e causava cetose, perda de peso e o decréscimo da pressão sanguínea. A dieta completa era dificl de seguir, mas a maioria dos pacientes aderiram ao tratamento para hipertensão ou obesidade na Clínica Kempner do Centro Médico