O papel do educador social
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MEDIADOR OU PONTE? – O PERFIL DO/A EDUCADOR/A INSCRITO/A NO GT EDUCAÇÃO POPULAR DA ANPED DE 2003 Sabemos que as classes populares produzem saberes, ligados às suas experiências de vida e ao contexto social em que estão inseridos. Também é dado que a Educação Popular caracteriza-se por valorizar e problematizar esses saberes, sem subjugá-los pelos saberes acadêmicos. Ao contrário, a Educação Popular resgata os conhecimentos populares, articulando-os aos saberes acadêmicos. De qualquer modo, está claro ao campo educacional popular que, entre os desafios da Educação Popular, está a articulação entre Teoria e Prática, Saberes Acadêmicos e Saberes Populares, Ação e Reflexão. Cabe refletir sobre o educador inserido nesse processo. Por isso, as questões centrais deste trabalho são: Qual é o perfil do educador popular? Quais os seus desafios e atribuições no processo pedagógico? Com base nessas questões, busquei identificar e compreender o perfil do educador popular esboçado nos textos lidos, ou seja, quais as características e as atribuições do educador popular, segundo a pesquisa educacional popular recente, especificamente do GT Educação Popular da ANPED. Tais questionamentos tiveram origem na leitura dos trabalhos apresentados, no período de 2003 a 2005, no GT Educação Popular da ANPED. Ao tratar de temas concernentes à Educação Popular, alguns autores revelam preocupação em compreender as implicações de cada contexto educativo sobre o perfil e/ou o papel do educador atuante em tais condições, como demonstram os dois exemplos que seguem: “Por entender que o papel dos assessores de comunidades carentes é muito mais de mediador (e mediado) e de comunicador do que de um extensionista clássico ou de um professor tradicional é que decidimos problematizar o papel de quem assessora estes espaços.” (AMÂNCIO, 2004, p.14);
Este educador [social] (...) ainda se encontra muito vinculado ao nebuloso no campo da educação, dificultando o reconhecimento de aspectos educacionais,