O Ensino da Língua Escrita: dimensão social e o papel do educador
PÓS-GRADUAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
TURMA: SB0065
O Ensino da Língua Escrita: dimensão social e o papel do educador
DANIELA SCHLIC MATOS
Matrícula nº: SB0331008001
São Bernardo do Campo
MAIO 2009
DANIELA SCHLIC MATOS
O Ensino da Língua Escrita: dimensão social e o papel do educador
Monografia apresentada como requisito para obtenção de título de especialista no curso de Língua Portuguesa da
Faculdades Integradas Jacarepaguá
Orientador: Prof. Rafael Ferreira da Silva
São Bernardo do Campo
MAIO 2009
INTRODUÇÃO
Quando olhamos para o nosso próprio processo de alfabetização, vemos a marca do deslumbramento com o decifrar do código alfabético que fazia com que nos interessássemos em ler tudo o que víamos. Vemos que, inicialmente, havia a forte presença de uma curiosidade inquieta e grande interesse pela leitura e pela escrita. O que se percebe, no entanto, é que em algum momento isso se perdeu no caminho. Tal acontecimento é bastante constante na história de um enorme número de pessoas e, em geral, se deu em decorrência da abordagem que o ensino da leitura e da escrita adquire no ao longo da escolarização, gerando adultos que não gostam de ler e que não se interessam pela escrita, além de reforçar uma caracterização técnica da escrita escolar que desconsidera a iniciativa e o interesse do aluno. Esta situação está diretamente relacionada à concepção de escrita envolvida nesse processo de ensino.
Os professores, em geral, conhecem pouco a respeito de como as pessoas aprendem e muitas vezes têm uma visão incorreta a respeito do que é a língua escrita, como se ela fosse somente um conjunto de letras unidas. O enfoque dado ao ensino da língua escrita é comumente técnico e estritamente funcional e essa inadequação das diretrizes do ensino da língua escrita, além dos vícios da metodologia em sala de aula refletem-se nos baixos níveis de letramento. Em geral, os educadores tendem a abordar