O papel da educação para a humanização: Uma educação para a liberdade
Para Paulo Freire existe uma relação entre homem e mundo. O homem é um ser que está em constante busca, não se pode ter um homem sem busca, já que também não se pode ter busca sem mundo.
O homem é um ser consciente de sua incompleticidade, é esse o motivo de sua busca. Essa busca acarreta em um sujeito, um ponto de partida e um objeto. Não se pode buscar sozinho ou movido pelos próprios interesses, já que isso seria uma busca contra os outros homens, ou seja, uma falsa busca. O ponto de partida se encontra no homem e em sua relação com o mundo e com os demais. Com essa constante busca o homem tem um objetivo que é o “ser mais”, a humanização.
Quando pensamos no “ser mais” que é a humanização, não podemos deixar de pensar no seu contrário que é o “ser menos”, a desumanização. Os animais não têm consciência de sua incompleticidade, eles são “seres em si”, e não correm o risco da dupla possibilidade da humanização e da desumanização. O risco dessa dupla possibilidade ocorre com o homem, já que ele se desumaniza quando é defrontado a condições concretas que o transformam em “ser para outro”, quando ele deveria ser como um “ser para si”.
A humanização é a verdadeira vocação do homem e a educação deve se esforçar para a desocultação da realidade. A educação que faz com que o homem se adapte à realidade é uma educação desumanizadora, pois ele deve transformar a realidade e não se adaptar a ela.
Há duas concepções quando se trata de educação, segundo Paulo Freire, se tem a educação “bancária” e a educação humanista. A primeira concepção, a bancária, trata o educando como se fosse uma caixa vazia que o educador deve preencher de conhecimentos (depositar pedaços de mundo), que faz com que o educando se torne passivo e adaptado. Ela é considerada uma falsa concepção, mediante isso, ela nega o homem como um ser constante da busca, nega a sua vocação de ser mais, nega a relação homem-mundo, nega-o como um