O pagador de promessas
Certa vez o animal fora ferido na cabeça por um galho de árvore e Zé, ao ver a situação do animal, fez uma promessa à Santa Bárbara, prometeu que dividiria suas terras entre os necessitados e carregaria uma cruz tão pesada como a de Jesus até à igreja da Santa. Como em sua cidade não havia a tal igreja, fez a promessa em um terreiro de candomblé, onde ela é conhecida pelo nome de Iansan. Saiu de sua terra no interior da Bahia carregando uma cruz, junto ia sua esposa.
Caminharam sete léguas até que chegaram à igreja de Santa Bárbara em Salvador. Saíram às cinco da manhã e chegaram à igreja um pouco antes desse horário. Por mais que Rosa insistisse para que ele deixasse a cruz na porta, Zé mantinha-se firme na ideia de que a promessa só seria cumprida se ele deixasse a cruz na frente do altar como prometera.
Nessas circunstâncias Rosa se deitou nos degraus da igreja e cochilou. Zé, que estava extremamente cansado da jornada com a cruz, ficou tentando se manter em vigília, mas pegava no sono constantemente.
Enquanto isso, chegou à praça Bonitão e Marli. Ela lhe entregou um dinheiro e ele reclamou do tanto que ela conseguiu, mas o serviço de prostituta não rendia como antes. Os dois acabaram brigando, Marli era completamente apaixonada por ele que, no entanto, não se importava, a não ser pela questão financeira.
Marli foi embora. Bonitão foi em direção a Rosa e Zé, já com segundas intenções para com Rosa. Zé-do-burro lhe explicou a situação, ao que Bonitão aconselhou que ele fosse à porta lateral da sacristia, pois o padre já deveria ter levantado para se preparar para a missa das seis. Zé foi e enquanto isso Rosa e Bonitão conversaram cheios de insinuações.
Quando Zé voltou, Bonitão ofereceu um lugar para os dois se hospedarem, mas Zé se opôs a abandonar a cruz, frente às insistências do marido, Rosa foi e o traiu com