O pagador de promessas
Livro O Pagador de PromessasO pagador de promessas é organizado em três atos.
Primeiro ato
Após caminhar sete léguas com sua mulher, Rosa, Zé do Burro chega às escadarias da Igreja de Santa Bárbara, em Salvador, Bahia, carregando nos ombros uma cruz tal qual a de Cristo. Tal fato é resultado de uma promessa feita à Santa Bárbara, em prol de seu burro Nicolau, que foi ferido por um galho de árvore numa noite de tempestade. Depois de várias tentativas, Zé do Burro faz uma promessa no terreiro de candomblé, onde Santa Bárbara é a figura sincrética de Iansã. Com o amigo curado, além de levar a cruz à igreja citada, ele também divide sua pequena propriedade com os lavradores da região. Nos diálogos entre Zé do Burro e Rosa há humor, o que faz da peça uma tragicomédia.
Zé do Burro quer cumprir a promessa, mas o guarda intervém. Na sequência Rosa aparece com aspecto de “culpada” que mais a frente se revelará na peça como a traição com Bonitão. Logo chega o Repórter sensacionalista querendo tirar proveito da história do lavrador e tenta torná-lo um mártir a fim de virar notícia.
Segundo ato
No segundo ato, Dedé Cospe-Rima, o poeta, se oferece para narrar a história de Zé do Burro. Em seguida, aparecem o capoeirista Mestre Coca e o investigador de polícia, o Secreta, este último foi chamado por Bonitão para enquadrar Zé do Burro com o objetivo de deixar Rosa livre para ele. “O caso Zé do Burro” sai na primeira página do jornal. Chegando o Monsenhor, o pagador de promessa tem a esperança de colocar a cruz que carregou por sete léguas no altar de Santa Bárbara. Porém, o Monsenhor o aconselha a trocar a promessa, mas Zé do Burro rejeita.
Terceiro ato
O último ato tem início com uma roda de capoeira, em que Mestre Coca e Manuelzinho Sua-Mãe jogam capoeira. Dedé Cospe-Rima, Mestre Coca e Galego fazem uma aposta colocando em jogo a sorte de Zé do Burro. O poeta promete a Zé do Burro escrever denunciando a atitude de padre Olavo. Rosa tenta