O Pagador de Promessas
Questões sobre “O pagador de promessas”, de Dias Gomes:
1. (UNEB B(A)
MINHA TIA
Caruru de Santa Bárbara. Antigamente a gente fazia isso e era de graça. Hoje, com a vida do jeito que está, a gente tem mesmo é que cobrar.
GALEGO (Atravessa a praça com um prato de sanduíches na mão e vai a Zé-do-Burro) Pero vo no cobro nada. (Oferece) Oferta da casa.
ZÉ
Pra mim?
GALEGO
Si, para usted. Cachorro-quente. Después trarê um cafezito.
ZÉ
Não, obrigado.
GALEGO
Pode aceitar sin constrangimento. E podemos até hacer um negócio. Se usted promete no arredar pé de cá, yo me comprometo a fornecer comida e bebida gratuitamente para los dos.
ZÉ
Não, não tenho fome.
GALEGO
(Muito preocupado) Pero, asi usted no poderá resistir!
ZÉ
Não importa.
GALEGO
(Oferece a Rosa) A senhora não quer?...
ROSA
Não estou com vontade.
GALEGO
(Encolhe os ombros, conformado) Bien... (Volta à venda)
SECRETA
(Para o Galego) Uma meladinha. Galego serve a cachaça com mel.
(Notando a apreensão de Rosa) Que há?
ROSA
Ele não é nosso amigo.
ZÉ
E que tem isso?
ROSA
Ouvi dizer que é da polícia.
ZÉ
Não sou nenhum criminoso, não fiz mal a ninguém.
GOMES, Alfredo Dias. O pagador de promessas. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 83-85.
O fragmento, no contexto da obra, permite considerar correta a alternativa:
(A) Zé-do-Burro, envolvido totalmente com o objetivo de cumprir a promessa, mantém-se alheio ao comportamento transgressor de Rosa.
(B) Rosa resiste ao assédio de Bonitão motivada pelo desejo de persuadir Zé-do-Burro da urgência de voltar para a roça.
(C) Minha Tia, ao cobrar pelo caruru de Santa Bárbara, evidencia a sua descrença nos valores religiosos do candomblé.
(D) Rosa revela consciência do risco que representa a persistência de Zé de contrapor-se à autoridade constituída.
(E) Galego, num gesto desinteressado, mostra o quanto está solidário com Zé-do-Burro.
2. Em O pagador de promessas, Dias Gomes
(A)