O objeto de estudo da antropologia social nas culturas contemporâneas
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O estudo da Antropologia Social em nossa época contemporânea parece-nos desnecessária frente ao acesso generalizado e permitido ao mundo globalizado. Com o advento da internet e da abertura de mercado global, as diversas sociedades passaram a intercambiar informações alterando, de forma incrível, a sua identidade cultural. A sociedade brasileira do século XXI adquiriu diversas atitudes e percepções próprias de outras culturas como a vestimenta, o tipo de música, as religiões; sem falar na influência da linguagem e no comportamento sexual contemporâneo. É notória em nossa sociedade atual a interferência da cultura americana em nosso comportamento, a influência romana em nosso sistema jurídico, os ideais russos em nossos partidos políticos e as cores latinas em nossas expressões artísticas. Quando pensamos em estudo antropológico, é inevitável sentirmos preconceito, por acreditarmos que esta ciência trata apenas de sociedades primitivas e pouco afeita a mudanças. Cremos que este é o maior equívoco que podemos cometer quando elaboramos o conceito desta indispensável ciência social. No princípio, com a descoberta de povos completamente diferentes do que conhecemos na cultura ocidental, pensou-se que estávamos diante de raças díspares e não de formas distintas de organização dentro de nossa própria raça única, qual seja, a raça humana. Percebemos a questão do estranhamento quando estudamos as diferenças entre a cultura européia e a cultura tribal Azande, por exemplo, que crê nos poderes da magia. É evidente o choque cultural proveniente da diversidade de crença e percepção de mundo das duas culturas distintas. Para a cultura Azande é natural e inquestionável o poder do bruxo, podendo este matar alguém através da execução de rituais mágicos. Na cultura européia, que tem como base o pensamento cientifico/investigativo, esta premissa é simplesmente absurda e revela uma profunda ignorância das leis naturais desta tribo específica. A questão do estranhamento intercultural