O negro na mídia
Como se sabe na sociedade de hoje a mídia preenche diversas funções; serve para divulgar as noticiais, veicular a publicidade e também para educar e distrair a população. É extremamente importante o peso da televisão no Brasil. As estatísticas mostram que mais de 74% dos domicílios possuem um aparelho de TV e que 4 canais cobrem a maior parte do território. TV Globo, TV Manchete, SBT e Tv Bandeirantes. Teoricamente voltados para um público abstrato e indiferenciado, os programas de TV também servem para difundir padrões de vida e beleza e valores. O fenômeno por si só nada teria de inquietante, se não fosse a quase inviabilidade dos negros nas novelas e séries televisionadas. É preciso constatar também que a publicidade não reflete a verdadeira imagem do negro. Quando ela é veiculada, essa imagem aparece de três formas marcantes:
1ª A imagem hilariante
2ª A imagem servil
3ª A imagem sensual ou erótica
Portanto, em vez de resgatar a auto-estima do negro, a mídia nega através de seu exclusivismo, as identidades culturais afro-brasileiras e indígena que não tem acesso em pé de igualdade às programações televisionadas. Assim a mídia contrariando a sua função de informação, educação e de enterterimento é, sobretudo um instrumento de “desinraizamento” na medida em que ela desvaloriza e oculta a realidade da diversidade cultural e estética do país. A presença de jovens atrizes negras em recentes novelas, talvez represente o indício de uma mudança radical em relação a utilização da imagem do negro na TV. Só o tempo poderá confirmar a verdadeira dimensão dessa inovação já que a tendência em escolher, de preferência atrizes negros de pele mais clara e traços finos mostra abertamente que tal inovação ainda é muito superficial. Como observa muito justamente o jornalista Carlos Alberto Medeiros a participação de uma família negra nas novelas ‘Corpo a Corpo” de Gilberto Braga e “A Próxima Vítima” de